Quando o fator humano é o elo mais relevante da cadeia

Na visão do líder de Cybersecurity da KPMG, Leandro Augusto, trabalhar o fator pessoas é um ponto que nunca deixou de existir na Segurança, a diferença é que hoje, temas como cultura e integração de gerações são pontos alto de discussão

Por: Léia Machado, ⌚ 17/03/2020 às 18h29 - Atualizado em 18/03/2020 às 18h54

No mundo digitalizado e altamente conectado, em que os ataques cibernéticos podem acontecer em qualquer lugar e os dados exigem cada vez mais proteção inteligente, a Segurança da Informação é a base para o crescimento e sustentabilidade dos negócios. E o elemento humano segue no centro das decisões, seja ele o elo mais forte ou mais fraco da equação.

 

Na visão de Leandro Augusto, Sócio-Líder de Cybersecurity da KPMG Brasil, trabalhar o fator humano na Segurança é um ponto que nunca deixou de existir, ainda mais hoje em que as empresas atuam praticamente sem perímetro. “Estamos falando do elo mais relevante da cadeia. Os negócios são dependentes de sistemas e os humanos operam os sistemas”, destaca o executivo.

 

Para ele a diferença é que hoje os times englobam profissionais de várias gerações e as organizações precisam trabalhar mais fortemente a parte cultural, principalmente para que todos estejam na mesma página diante de vazamentos de dados e incidentes de segurança. “Trata-se de reempilhar as caixas da Segurança que sempre trabalhamos para manter a empresa segura, olhar por uma ótica diferente para fazer do fator humano o elo mais forte”, acrescenta.

 

A KPMG vem trabalhando esse tema internamente com investimentos em iniciativas e estratégias a fim de alavancar a maturidade das empresas brasileiras em Cybersecurity. Só no passado, foram investidos aproximadamente R$ 500 mil em treinamento e privacidade, iniciativas que têm como foco os processos de implementação de LGPD.

 

“Estamos trabalhando globalmente uma estratégia forte de crescimento e Cybersecurity tem acompanhado esse direcionamento. No Brasil, o comitê de inovação e investimentos está englobando o tema e hoje meu time já conta com 90 pessoas especializadas em Cyber.”

 

Segundo ele, as iniciativas da KPMG focadas em Segurança Cibernética contemplam serviços gerenciados; privacidade; insights e visão de cyber voltados ao negócio, C-levels, cloud Security e AI. O ecossistema de soluções é concentrado na entrega de tecnologias próprias da KPMG, além de soluções de parceiros de negócio.

 

Tendências

 

Para ele, o cenário de ameaças segue complexo, principalmente os vazamentos de dados que serão ainda mais noticiados devido à chegada da LGPD. “Com o impacto regulatório, uma falha trará consequências pesadas envolvendo custos e imagem da empresa”, alerta.

 

E por falar em regulamentação, ele pontua que, independente das incertezas da LGPD e ANPD, ele a própria KPMG estão trabalhando sob os olhos da lei. “Temos outras leis que podem ser aplicadas diante de negligências com a proteção de dados. O tema é extremamente relevante e nossa postura é manter a prática e cumprir o compromisso de manter os dados seguros”, conclui.

 

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