Vulnerabilidade no WhatsApp pode levar ao roubo de dados de milhões de usuários

A vulnerabilidade estava implantada na função de filtro do aplicativo, um processo pelo qual os pixels da imagem original são modificados para obter alguns efeitos visuais, como desfoque ou nitidez.

Compartilhar:

A Check Point expôs uma vulnerabilidade de segurança no WhatsApp, o aplicativo de mensagens mais popular do mundo, com mais de 2 bilhões de usuários ativos. Ao aplicar filtros específicos a uma imagem especialmente criada e enviá-la, um atacante pode ter explorado a vulnerabilidade para ler informações confidenciais da memória do WhatsApp.

 

A vulnerabilidade teve sua origem no recurso de filtro de imagem do WhatsApp, um processo pelo qual os pixels da imagem original são modificados para obter alguns efeitos visuais, como desfoque ou nitidez. Durante a análise de sua pesquisa, a CPR descobriu que alternar entre vários filtros em arquivos GIF elaborados, de fato, fazia o WhatsApp travar.

 

A CPR identificou uma das falhas como uma corrupção de memória. A equipe da CPR prontamente relatou essa questão ao WhatsApp, que nomeou a vulnerabilidade CVE-2020-1910, detalhando-a como um problema de leitura e gravação. A exploração bem-sucedida da vulnerabilidade exigiria que um atacante aplicasse filtros de imagem específicos a uma imagem especialmente criada para ser enviada.

 

Estima-se que mais de 55 bilhões de mensagens sejam enviadas diariamente pelo WhatsApp, além de 4,5 bilhões de fotos e um bilhão de vídeos compartilhados por dia.

 

Divulgação Coordenada

 

A CPR divulgou suas descobertas ao WhatsApp em 10 de novembro de 2020. O WhatsApp verificou e reconheceu o problema de segurança, tendo lançado uma correção na versão 2.21.2.13, destacando a vulnerabilidade CVE-2020-1910 em sua atualização de Aviso de Segurança de fevereiro .

 

“Com mais de 2 bilhões de usuários ativos, o WhatsApp pode ser um alvo atraente para atacantes e hackers. Assim que descobrimos a vulnerabilidade de segurança, relatamos rapidamente nossas descobertas ao WhatsApp, que foi cooperativo e colaborativo ao emitir uma correção. O resultado de nossos esforços coletivos é um WhatsApp mais seguro para usuários em todo o mundo”, afirma Oded Vanunu, head de Pesquisa de Vulnerabilidades de Produtos na Check Point Software Technologies.

 

Declaração do WhatsApp

 

“Trabalhamos regularmente com pesquisadores de segurança para melhorar as inúmeras maneiras como o WhatsApp protege as mensagens das pessoas e apreciamos o trabalho que a Check Point Software faz para investigar cada ponta de nosso aplicativo. As pessoas não devem ter dúvidas de que a criptografia de ponta a ponta continua funcionando como planejado e as mensagens das pessoas permanecem seguras e protegidas. Este relatório envolve várias etapas que um usuário teria que seguir e não temos nenhuma razão para acreditar que os usuários teriam sido afetados por este bug. Assim, mesmo os cenários mais complexos que os pesquisadores identificam podem ajudar a aumentar a segurança aos usuários. Como acontece com qualquer produto de tecnologia, recomendamos que os usuários mantenham seus aplicativos e sistemas operacionais atualizados, baixem atualizações sempre que estiverem disponíveis, relatem mensagens suspeitas e entrem em contato conosco se tiverem problemas com o WhatsApp”.

 

 

Conteúdos Relacionados

Security Report | Overview

90% dos ataques a empresas começam com um e-mail de phishing, alerta estudo

Em 2022, a população global enviou 330 bilhões de e-mails e a previsão é que esse número cresça até 17,8%...
Security Report | Overview

Veeam conclui aquisição da empresa de resposta à incidentes Coveware

A Coveware by Veeam seguirá trazendo serviços de resposta a incidentes de extorsão cibernética e preparação proativa de empresas para...
Security Report | Overview

Terceirizados se consolidam como brecha eficaz de ataque, aponta vendor

Trabalho conjunto e rapidez na detecção de ameaças são fundamentais para resposta eficaz...
Security Report | Overview

Especialistas apontam que infraestrutura crítica segue como alvo essencial no Brasil

Palo Alto Networks destaca que ataques à infraestrutura crítica podem causar a suspensão de serviços essenciais, como assistência médica, energia...