Trabalho remoto e dispositivos desatualizados tornam empresas mais vulneráveis

Pesquisa da NTT Ltd aponta que 37,5% dos equipamentos das organizações são antigos - em comparação com apenas 6% em 2017 – mostrando menos atualizações à medida que os negócios aumentam os ativos e os passam para ambientes com várias nuvens

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O estudo ‘2020 Global Network Insights da NTT Ltd. descobriu que, à medida que as empresas movem aplicativos para ambientes multicloud, o investimento na nuvem está superando os gastos em infraestrutura local. Isso fez com que as atualizações dos aparelhos diminuíssem, com muitas empresas reduzindo o investimento na reestruturação da rede e na infraestrutura de segurança locais. Como resultado, houve um aumento expressivo de dispositivos obsoletos e sem patches, contendo vulnerabilidades de software e expondo o ambiente de TI a ameaças cibernéticas desnecessárias.

 

O relatório, que se baseia em dados de mais de mil clientes, cobrindo mais de 800.000 dispositivos de rede, constatou que 37,5% dos ativos de rede das organizações estavam obsoletos ou eram antigos, representando um grande aumento em relação a 2017, quando esse número era de apenas 6%.

 

O surto de COVID-19 e o consequente aumento no consumo de banda larga estão sobrecarregando a rede, criando um risco iminente. Com o crescimento do home office, do acesso remoto e do consumo de mais serviços de voz e vídeo, a infraestrutura de rede e a segurança das organizações estão sob uma pressão significativa.

 

Comentando os dados, Rob Lopez, vice-presidente executivo de Infraestrutura Inteligente da NTT Ltd., diz: “Nesse ‘novo normal’, muitas empresas precisarão revisar suas estratégias de arquitetura de rede e segurança, de operação e suporte para gerenciar melhor o risco operacional. Esperamos ver a estratégia mudar do foco na continuidade dos negócios para a preparação para o futuro, à medida que as ações de isolamento social começarem a diminuir. A infraestrutura de rede precisa ser adequadamente arquitetada e gerenciada para lidar com surtos não planejados, o que exigirá uma recolocação na nuvem e na infraestrutura local a fim de reduzir o impacto e a frequência de interrupções críticas dos negócios.”

 

O risco de segurança de dispositivos obsoletos no futuro local de trabalho

 

Dispositivos obsoletos têm, em média, o dobro de vulnerabilidades por equipamento (42.2) quando comparados com o envelhecimento (26.8) e os atuais (19.4), criando ameaças desnecessárias. Esse risco é agravado ainda mais quando as empresas não corrigem um aparelho ou revisitam a versão do sistema operacional durante toda a vida útil. E embora o uso de patches seja relativamente simples e, geralmente, gratuito sob um contrato de manutenção ou garantia estendida, muitas organizações ainda não os aplicam.

 

No ‘novo normal’, à medida que as empresas reinventam a maneira como trabalhamos, será essencial incorporar mais resiliência às operações corporativas. A pandemia trará mudanças permanentes na maneira como as companhias atuam, incluindo a implementação de espaços de trabalho mais inteligentes, que acomodam o distanciamento social em seus escritórios físicos, enquanto muitas organizações continuarão adotando o trabalho remoto. Enquanto isso, com a adoção de uma nova infraestrutura sem fio em alta – um aumento de 13% em relação ao ano anterior – e o aumento de escritórios mais abertos e dos espaços de coworking, será necessária uma nova abordagem para toda a arquitetura de rede.

 

As empresas precisarão de ferramentas, conhecimento e experiência para reestruturar a rede para avançar a curto, médio e longo prazo dentro desse ‘novo normal’, mesmo com pessoas trabalhando remotamente e de qualquer dispositivo. Elas precisarão encontrar parceiros estratégicos que possam orientá-las com uma visão de como será a futura rede – não apenas em termos de suporte ao espaço corporativo, mas também em áreas públicas e de varejo onde é difícil obter o isolamento social. Por exemplo, à medida que avançamos para esse ‘novo normal’, a Inteligência Artificial e o Aprendizado de Máquinas podem ser aplicados para ajudar a monitorar medidas de distanciamento – a rede será o facilitador da plataforma.

 

A evolução da rede deve andar de mãos dadas com a transformação digital

 

Como parte das estratégias de transformação digital, as organizações líderes já estão usando redes para habilitar novos modelos de negócios (por exemplo, a Internet das Coisas) ou otimizar modelos operacionais existentes (por exemplo, rastreamento de ativos). Como alternativa, as empresas podem investir em tecnologias de automação de processos robóticos (RPA) como parte de suas iniciativas de transformação digital, a fim de economizar custos e dimensionar serviços de maneira mais ágil. Não importa qual seja o motivo; a transformação digital está melhorando a experiência do cliente e do funcionário, alimentada pela rede. Essas iniciativas serão aceleradas apenas com o suporte de infraestrutura segura e relevante no ‘novo normal’, especialmente em relação às iniciativas tecnológicas, operacionais e financeiras das empresas.

 

Rob Lopez continua: “A rede é a plataforma para a transformação digital comercial. Ela precisa ser onipresente, flexível, robusta e segura para se adaptar facilmente às mudanças nos negócios, enquanto aumenta a maturidade do ambiente de suporte operacional. As empresas que usam alto nível de automação e inteligência de rede para otimizar as operações obterão uma vantagem competitiva significativa e obterão os benefícios da economia em nuvem com mais segurança.”

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