Pesquisa revela aumento de 450% em ataques de phishing e uso de SEO para atrair vítimas

Relatório aponta ainda que os cavalos de Tróia são responsáveis por 77% de todos os downloads de malware na nuvem e na web, já que os atacantes usam técnicas de engenharia social para ganhar uma base inicial e entregar uma variedade de cargas maliciosas

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A Netskope divulgou uma pesquisa que constatou um aumento expressivo de 450% nos ataques de phishing nos últimos 12 meses. Esses cibercriminosos utilizam técnicas de otimização de mecanismos de busca (SEO) para melhorar a classificação de arquivos PDF maliciosos em sites populares, incluindo Google e Bing. Os resultados fazem parte da última edição do Netskope Cloud and Threat Report: Global Cloud and Malware Trends, que analisa os downloads de malware da nuvem e da web ao longo do último ano.

 

As principais categorias de referência na web continham algumas tradicionalmente associadas a malware – principalmente shareware (software gratuito por período e recursos limitados até a aquisição de uma licença) e freeware (software gratuito que não pode ser modificado), mas eram dominadas por categorias menos convencionais.

 

O aumento do uso de mecanismos de busca para a entrega de malware nos últimos 12 meses reflete quão adeptos os cibercriminosos estão às técnicas de SEO. Os downloads foram registrados predominantemente em arquivos PDF, incluindo muitos CAPTCHAs maliciosos que redirecionavam os usuários para sites de phishing, spam, scam e malware.

 

O relatório também mostra que a maioria dos malwares neste período foi baixada na mesma região da vítima, uma tendência crescente que aponta maior grau de sofisticação dos cibercriminosos, que mais cada vez mais posicionam ameaças para evitar filtros de geofencing e outras medidas tradicionais de prevenção.

 

As descobertas revelam que na maioria dos casos os atacantes tendem a buscar vítimas em uma localidade específica com malware hospedado dentro da mesma região. Isto vale principalmente para a América do Norte, onde 84% de todos os downloads maliciosos foram baixados de sites hospedados no continente.

 

“O malware não está mais restrito às tradicionais categorias de risco da web. Ele está agora à espreita em todos os lugares, desde aplicações de nuvem até mecanismos de busca, expondo as empresas a maiores riscos de forma inédita”, diz Ray Canzanese, diretor de Pesquisa de Ameaças da Netskope.

 

Com base em um subconjunto de dados anonimizados coletados pela plataforma Netskope Security Cloud, as principais conclusões do relatório incluem:

 

• Os cavalos de Tróia continuam a se mostrar eficazes: Os cavalos de Tróia são responsáveis por 77% de todos os downloads de malware na nuvem e na web, já que os atacantes usam técnicas de engenharia social para ganhar uma base inicial e entregar uma variedade de cargas maliciosas, incluindo backdoors, infostealers e ransomware. Não há uma única família de cavalos de Tróia que seja globalmente dominante. As 10 principais famílias de cavalos de Tróia respondem por apenas 13% de todos os downloads, com os 87% restantes vindo de famílias menos comuns;

 

• Nuvem e Web formam o par perfeito para o cibercrime: 47% dos downloads de malware têm origem em aplicações em nuvem em comparação com 53% em sites tradicionais, já que os atacantes continuam a usar uma combinação de nuvem e web para atingir suas vítimas;

 

• As aplicações populares de armazenamento em nuvem permanecem a fonte da maioria dos downloads de malware em nuvem. Outras aplicações incluíram colaboração e webmail, nas quais os atacantes podem enviar mensagens diretamente para suas vítimas de muitas formas diferentes, incluindo e-mails, mensagens diretas, comentários e compartilhamento de documentos;

 

• Os arquivos de malware do Microsoft Office regridem aos níveis pré-Emotet: Os arquivos EXE e DLL são responsáveis por quase metade de todos os downloads de malware, uma vez que os atacantes continuam a mirar o Microsoft Windows, enquanto os arquivos maliciosos do Microsoft Office estão em declínio e regrediram aos níveis que antecedem o Emotet. Isto se deve em grande parte aos esforços do ano passado com alertas proativos e controles de segurança por fornecedores de tecnologia como Google e Microsoft.

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