Estudo destaca papel crucial da privacidade emergindo da pandemia global

Levantamento aponta que a legislação relativa à privacidade ao redor do mundo tem sido bem recebida, com quase 80% dos profissionais de segurança e privacidade percebendo impacto positivo em suas organizações

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A Cisco publicou o 2021 Data Privacy Benchmark Study, sua quarta análise anual sobre práticas corporativas de privacidade no mundo. A pesquisa revela que as proteções à privacidade ganharam importância durante a pandemia e que empresas que adotam medidas fortes de privacidade têm benefícios crescentes. A pesquisa independente analisou, de forma anônima, as respostas de 4.400 profissionais de segurança e privacidade em 25 países, abordando atitudes em relação à legislação de privacidade e a necessidade de métricas de privacidade serem reportadas à gerência executiva.

 

Em tempos de disrupção e incerteza causadas pela pandemia, de repente surgiu a expectativa, e às vezes a exigência, de que as pessoas compartilhem suas informações pessoais para ajudar a frear a disseminação da Covid-19. Ao mesmo tempo, grande parte da vida tornou-se on-line, acelerando uma tendência que, em circunstâncias normais, levaria anos. Essas mudanças massivas nas interações humanas e no engajamento digital impuseram muitas questões de privacidade de dados às organizações que desejam seguir a lei, deter a disseminação da pandemia e, ao mesmo tempo, respeitar os direitos individuais. Os consumidores e o público em geral estão cada vez mais preocupados com a maneira como seus dados pessoais estão sendo usados.

 

O relatório inclui outros achados, tais como:

 

• A privacidade é muito mais do que mera questão de compliance, sendo considerada um direito humano fundamental pelas empresas e uma prioridade vital pelos executivos.

 

•  60% das organizações afirmam que não estavam preparadas para os requisitos de privacidade e segurança envolvidos na adoção do trabalho remoto.

 

•  93% das organizações recorreram a seus times de privacidade para ajudá-las a enfrentar esses desafios.

 

•  87% dos consumidores manifestam preocupação com as proteções de privacidade nas ferramentas de que precisam para trabalhar, interagir e se conectar remotamente.

 

•  90% das organizações agora reportam as métricas de privacidade para seus executivos e conselhos administrativos.

 

• Há uma mudança clara no mercado no sentido de padronizar a privacidade como um requisito inegociável na digitalização e na promoção dos objetivos do negócio.

 

• Mais de 140 jurisdições já têm leis de privacidade abrangentes, e aproximadamente 80% dos entrevistados consideram que essas leis têm impacto positivo. O Brasil segue a média mundial, com 79% dos entrevistados concordando com o impacto positivo da lei de privacidade.

 

• A maioria das pessoas concorda em compartilhar informações de saúde a fim de contribuir para a segurança do espaço de trabalho e para a resposta à pandemia, mas não se sente à vontade com outros usos, como pesquisas.

 

• 57% concordam que os empregadores usem dados para manter a segurança nos locais de trabalho, enquanto menos da metade concorda com monitoramento de localização, rastreamento de contatos, divulgação de informações sobre indivíduos infectados e uso de informações pessoais para pesquisa.

 

• A privacidade e o ecossistema de cibersegurança como um todo terão papel primordial em nosso caminho rumo ao crescimento econômico e à recuperação da pandemia de Covid-19.

 

• Conforme economias e comunidades começarem a se recuperar, muitos desafios importantes vão surgir e testar como governos, empresas e pessoas coletam, usam e protegem dados pessoais conciliando direitos individuais e interesse público.

 

• O investimento em privacidade continua sendo atrativo, com 75% das organizações enxergando um substancial valor para as empresas em termos de mitigação de perdas causadas por problemas segurança, mais agilidade e inovação, melhor eficiência operacional e maior fidelidade e confiança dos clientes.

 

• Mais de um terço das organizações está obtendo benefícios que equivalem a pelo menos o dobro de seus investimentos.

 

“A privacidade atingiu a maturidade – reconhecida como direito humano fundamental e elevando-se a prioridade essencial da gestão executiva”, observa Harvey Jang, vice-presidente e diretor executivo de Privacidade da Cisco. “E, com a acelerada adoção do trabalho feito de qualquer lugar, a privacidade ganhou mais importância para a promoção da digitalização, da resiliência corporativa, da agilidade e da inovação.”

 

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