Desvendando mitos e dúvidas sobre segurança em pagamentos digitais

Veja como desfrutar dos novos meios de pagamento com comodidade, conveniência e maior tranquilidade

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Por Adriana Umeda

 

Muitas vezes, o receio de usar meios de pagamentos digitais vem do desconhecimento do que está por trás de cada transação, sobretudo da engrenagem poderosa que garante a segurança de cada movimentação financeira. Sabemos que, nos últimos anos, o brasileiro está mais confortável e presente no ambiente on-line, mas ainda preocupado em ser alvo de golpes que tiram nosso sono.

 

A preferência dos consumidores brasileiros por comprar produtos por meio de canais digitais cresceu 33% desde o início da pandemia, como mostra um estudo elaborado pela Cybersource. Eles consideram, ainda de acordo com a pesquisa, as compras feitas em lojas físicas repletas de atritos, enquanto analisam as jornadas por dispositivos digitais como mais cômodas, ágeis e satisfatórias.

 

Com essa transformação do ecossistema digital e o crescimento do e-commerce, tenho ouvido muitas dúvidas – e alguns mitos que são repetidos por aí – sobre a segurança dos meios de pagamento. Minha ideia com este artigo é esclarecer como possibilitamos a proteção de cada transação com o uso de tecnologias inteligentes e robustas, rebatendo algumas afirmações equivocadas.

 

“Meus dados são expostos durante a compra de um produto on-line”

 

Não é verdade. Os estabelecimentos comerciais que processam os pagamentos devem seguir um rigoroso padrão de segurança de dados conhecido como PCI DSS (Payment Card Industry Data Security Standards). Entre outros requisitos técnicos, ele garante que seus dados do cartão, como os dígitos, a data de vencimento e o código de segurança, sejam usados apenas no momento do pagamento, sendo proibido armazená-los. Além disso, uma tecnologia chamada de tokenização disponível em alguns estabelecimentos comerciais entra em ação durante um pagamento. Ela substitui informações importantes, como os dígitos do cartão, por um identificador digital único, permitindo a realização de compras e transferências sem expor dados sensíveis.

 

“Tentativas de fraude ocorrem sempre no momento da transação”

 

Nem sempre. Pensar em ter precaução apenas no momento da transação é um erro comum. Uma das fraudes mais praticadas no ambiente on-line é o phishing, que acontece quando conteúdos maliciosos são usados para coletar informações de terceiros em e-mails e redes sociais. Por exemplo, um link que chega na sua caixa de entrada com uma oferta, supostamente de uma marca confiável, pode te direcionar para um cadastro falso. Dessa maneira, o fraudador pega seus dados e poderá usá-los mais tarde em uma compra futura.

 

“Não me sinto seguro quando faço transferências instantâneas” 

 

Por trás de uma transferência instantânea, como as que são feitas pelo Pagamento no WhatsApp, existem camadas de segurança que protegem o usuário. Além de recursos como autenticação por meio do PIN pessoal e a biometria no momento do cadastro, a Visa fornece no WhatsApp o mesmo padrão de segurança usado nas compras do dia a dia com a ferramenta de tokenização, que troca informações confidenciais de pagamento por uma combinação exclusiva de dados.

 

“Apenas a minha senha garante a segurança da transação e, por isso, o pagamento por aproximação é um perigo”

 

Pagar por aproximação é tão seguro quanto fazer uma transação com chip. Na Visa, usamos uma tecnologia baseada no padrão internacional EMV, que segue rigorosos protocolos de segurança e conta com funcionalidades como monitoramento em tempo real e restrição de leitura de dados no momento da transação, entre outras camadas de proteção. A senha é apenas mais uma ferramenta de segurança, mas não é a única.

 

Seguem algumas funcionalidades de segurança dos cartões com tecnologia de pagamento por aproximação da Visa:

 

1) Faixa de leitura restrita: os cartões com essa tecnologia precisam estar a 4 centímetros de um terminal de pagamento para que a comunicação aconteça.

 

2) Monitoramento em tempo real: as transações com a tecnologia de pagamento por aproximação da Visa são processadas pela rede global de processamento, a VisaNet, como todos cartões Visa. As transações são analisadas em tempo real e seu potencial de fraude é pontuado. O sistema de pagamento global da Visa ajuda a identificar padrões de fraude e a detectar transações suspeitas. A Visa e os emissores contam com sofisticados sistemas de prevenção de fraudes e com serviços de alerta para notificar os portadores de cartões sobre cada transação realizada.

 

3) Anti-skimming: a tecnologia de pagamento por aproximação da Visa possui uma camada de segurança que impede que alguns dados sejam lidos, liberando a leitura apenas dos dados essenciais para que uma transação seja realizada, isso inclui apenas o número de 16 dígitos e uma data de vencimento. Informações como nome do portador e o código de segurança de 3 dígitos (CVV) não são transmitidas.

 

Como disse no início, o conhecimento ajuda a afastar o temor do que é novo, sem prejudicar a sua experiência. Espero que eu tenha ajudado a fazer com que você desfrute de novos meios de pagamento com comodidade, conveniência e maior tranquilidade.

 

*Adriana Umeda, diretora executiva de Riscos da Visa do Brasil

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