5 dicas para não ser vítima de um ciberataque nas compras da Black Friday

Professor mostra algumas boas práticas para ajudar o consumidor a não cair em golpes, incluindo o cuidado com sites maliciosos, promoções milagrosas e clonagem de cartões

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Um estudo da empresa de segurança digital Kaspersky mostrou que, nas semanas que antecederam a última Black Friday, os ataques de phishing aumentaram em 9%. Dados da companhia registraram 196 tentativas de golpe por minuto na América Latina. O phishing é o mais comum ataque usado por hackers para roubar senhas e credenciais de acesso, assim como para clonar cartões de crédito de compradores na internet.

 

Com crescimento do e-commerce a cada ano, a tendência é que crimes virtuais nesta época do ano também se ampliem. Para evitar que o consumidor seja vítima destes ataques, Shahaf Levi, hacker ético e professor da CySource, lista algumas dicas para se prevenir contra possíveis golpes. Confira:

 

Atenção é a palavra-chave

 

Alguns ataques bastante populares como o phising, golpe que engana as vítimas com sites e aplicativos falsos, crescem cada vez mais nesta época do ano. As tentativas nessa modalidade podem chegar por diversos meios, como SMS, e-mail, aplicativos de mensagens e falsas atualizações. Basta que a vítima clique em um link malicioso e digite informações em uma página falsa para que o hacker consiga acessar os dados inseridos na plataforma clonada. “A utilização de soluções de segurança junto com a adoção de boas práticas preventivas é o melhor caminho para a proteção”, explica o especialista da CySource.

 

Sempre conferir

 

É fundamental analisar com muita atenção a URL das empresas e dar preferência pelo site oficial da marca do e-commerce, evitando clicar em links que foram compartilhados por terceiros e lojas não-oficiais. No caso de dúvidas, o site Vírus Total é uma ótima ferramenta para confirmar a veracidade do portal. “A URL de um site malicioso costuma ser, praticamente, igual à do oficial. Para confundir os consumidores, eles costumam alterar no máximo uma letra ou algum número, o que torna a verificação mais complexa”, alerta Levi. Vale frisar que o uso da plataforma Vírus Total deve ser feito com o cuidado de não clicar no link suspeito.

 

Desconfie de promoções milagrosas

 

A Black Friday torna a época ainda mais vulnerável, pois já é esperado que as empresas comercializem os seus produtos com preços bem abaixo do mercado. No entanto, é importante desconfiar de descontos extremamente altos como os apresentados em “Ofertas Relâmpago” e “Promoção Imperdível”. Caso fique com alguma dúvida, verifique os veículos de comunicação oficiais das lojas, como redes sociais e site, e entre em contato com o SAC.

 

Cartão virtual

 

Uma alternativa para trazer mais segurança na hora das compras é gerar um cartão de crédito virtual que funciona apenas para um número estabelecido e limitado de compras pela internet. O tempo de validade também é curto, pode durar entre um dia e 48 horas.

 

Ele oferece uma proteção a mais contra golpes virtuais, sites falsos, fraudes e clonagens, especialmente no momento de informar os dados pessoais para compras pela internet. A duração do cartão de crédito virtual é de 24h. “Vale lembrar que caso venha acontecer de cair em algum golpe, recomenda-se entrar em contato com administradora do cartão de crédito para que seja cancelado imediatamente. Desta forma, é possível evitar que os dados do cartão sejam utilizados em outros sites de compra”, lembra Levi.

 

Esperar para fazer atualizações

 

A maioria das pessoas não gosta de parar e esperar para fazer atualizações. Contudo, não atualizar softwares e smartphones facilita o caminho de possíveis invasores, já que as novas versões apresentam correções e melhorias relacionadas principalmente a segurança. Com bastante frequência um programa ou sistema operacional é lançado e, depois disso, são descobertas falhas de vulnerabilidades para possíveis ataques.

 

De acordo com o especialista da CySource, as atualizações têm a finalidade justamente de corrigir esses problemas. “Quando o usuário não atualiza esses sistemas, ela mantém os erros já conhecidos que podem ser explorados mais facilmente por hackers mal-intencionados, principalmente em datas onde o volume de tráfego online pode crescer exponencialmente”, completa o professor da CySource.

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