3 a cada 5 brasileiros têm medo de ter seus dados vazados ao comprarem pela Internet

Levantamento acende um alerta para empresas, já que o grau de confiança do consumidor pode ser impactado negativamente caso o negócio sofra um ataque cibernético

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Estudo divulgado recentemente pela PSafe que revelou os hábitos de compra on-line dos brasileiros, aponta que ter os dados vazados é a principal preocupação dos respondentes ao comprarem pela Internet. Em uma pergunta onde era possível escolher mais de uma alternativa, 59% dos entrevistados revelaram que esse é o principal temor, o que corresponde a 3 a cada 5 pessoas.

 

Em seguida, aparecem como principais preocupações ter os dados bancários roubados (52%), ter o cartão clonado (48%) e não receber o produto (48%).

 

A pesquisa foi realizada entre os dias 3 e de 16 novembro, com a participação de 8.606 pessoas, usuários do aplicativo dfndr security. As projeções utilizam como base o número de usuários do sistema Android no país, que seriam 131,1 milhões de pessoas.

 

Como essa preocupação pode refletir nas empresas?

 

Com ataques cibernéticos direcionados a empresas cada vez mais frequentes, incluindo casos de sequestro e divulgação indevida de dados sensíveis, o grau de confiança do consumidor em uma marca pode ser impactado negativamente caso a empresa seja vítima de um ciberataque, uma vez que o vazamento de dados pode ser uma das consequências deles.

 

Somente neste ano, a PSafe identificou três grandes vazamentos, sendo que o mais recente, em setembro, descobriu um site público onde seria possível consultar cerca de 426 milhões de dados pessoais e 109 milhões de informações de CNPJs e placas de veículos.

 

Os cibercriminosos exploram vulnerabilidades em dispositivos, sites e sistemas corporativos desprotegidos, buscando brechas que possibilitem a eles o acesso e controle ao sistema da companhia. “O nível de sofisticação dos crimes virtuais evoluiu rapidamente. Com o aumento de vazamento de dados, temos visto golpes cada vez mais personalizados e convincentes, o que significa que qualquer pessoa de uma empresa, independente do departamento, pode ser uma vítima”, enfatiza o CEO da PSafe, Marco DeMello.

 

Quando uma empresa é atacada, além de possíveis sanções administrativas geradas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), incluindo multa que pode chegar a R$ 50 milhões, esse ciberataque pode gerar uma mancha irreparável em sua reputação. “Há inúmeros prejuízos desencadeados por um ataque, que vão desde paralisação do negócio, podendo perdurar por bastante tempo, bloqueio ao acesso de dados da empresa, vazamento de dados sensíveis até um pagamento de resgate, que é altíssimo. Precisamos nos conscientizar de que a prevenção é um investimento e a remediação é um prejuízo que pode levar à falência”, finaliza DeMello.

 

Atenção redobrada no fim de ano

 

O aumento das vendas no período entre a Black Friday e o Natal também é marcado pelo crescimento de tentativas de golpes virtuais. Somente neste ano, a PSafe bloqueou mais de 2 milhões com o tema Black Friday, no período de 20 dias.

 

Na quinzena do Natal de 2020, a PSafe bloqueou mais de 1.2 milhão de golpes, o que representa um número 35% superior ao das duas semanas seguintes, quando foram bloqueadas 887 mil ameaças.

 

Dicas de segurança para empresas

 

Os especialistas do dfndr lab listaram uma série de dicas para evitar cair neste tipo de golpe:

 

• A primeira e principal dica é: tenha sempre uma solução de segurança instalada em seu dispositivo;

• Evite clicar em links de fontes desconhecidas, especialmente os que forem compartilhados via aplicativos de troca de mensagem e redes sociais;

• Crie o hábito de duvidar das informações compartilhadas na internet e nunca informe dados sensíveis em links de procedência duvidosa;

• Procure sempre confirmar a veracidade das informações nas páginas e sites oficiais das empresas.

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