NSA pode ter monitorado transferências bancárias globais

Hackers divulgaram documentos e arquivos que indicam acesso da agência no sistema SWIFT, para monitorar mensagens entre bancos do Oriente Médio e América Latina

Por: Redação, ⌚ 17/04/2017 às 16h21 - Atualizado em 17/04/2017 às 16h21

Hackers divulgaram nesta sexta-feira (14), documentos e arquivos que especialistas em segurança cibernética dizem indicar que a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos acessou o sistema de mensagens interbancárias SWIFT, permitindo o monitoramento do fluxo de dinheiro entre alguns bancos do Oriente Médio e da América Latina.

 

A divulgação inclui um código de computador que poderia ser adaptado por criminosos para invadir servidores SWIFT e monitorar a atividade de mensagens, disse Shane Shook, um consultor de segurança cibernética que ajudou os bancos a investigar violações de seus sistemas SWIFT.

 

Os documentos e arquivos foram liberados por um grupo que se intitula The Shadow Brokers. Alguns dos registros têm selos da NSA, mas a Reuters não pôde confirmar sua autenticidade.

 

A NSA não pôde ser imediatamente contatada para comentar.

 

Shook disse que hackers criminosos podem usar as informações divulgadas na sexta-feira para invadir bancos e roubar dinheiro em operações similares ao roubo do ano passado de 81 milhões de dólares do banco central de Bangladesh.

 

O sistema de mensagens SWIFT é usado por bancos para transferir trilhões de dólares por dia. A SWIFT, com sede na Bélgica, afirmou que não tinha evidências de que a principal rede tivesse sido acessada.

 

É possível que os sistemas locais de mensagens de alguns bancos clientes SWIFT tenham sido violados, informou a empresa em um comunicado, que não mencionou especificamente a NSA.

 

Os documentos divulgados pela Shadow Brokers na sexta-feira indicam que a NSA pode ter acessado a rede interbancária através de agências de serviço. As agências de serviço são empresas que fornecem um ponto de acesso ao sistema SWIFT para clientes menores da rede, e que podem enviar ou receber mensagens sobre transferências de dinheiro em seu nome.

 

* Com informações da Agência Reuters

 

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