O Fórum Econômico Mundial, que reúne anualmente em Davos, Suíça, os principais líderes empresariais e políticos, além de intelectuais, jornalistas, representantes culturais, organizações religiosas, players tecnológicos e sociedade civil, coloca a Segurança Cibernética na pauta como um dos assuntos mais urgentes enfrentados mundialmente. Nessa semana, o Fórum anunciou a criação de um Centro Global de Cybersecurity para fomentar a colaboração e compartilhamento de informações entre companhias públicas e privadas na luta contra as ameaças cibernéticas.
Visto com uma plataforma única para definir a agenda global de prioridades a serem tratadas desde o começo do ano, o Fórum Econômico Mundial dedicou diversas sessões para debater o cibercrime. Isso porque o cenário de vulnerabilidades está cada vez mais complexo, principalmente diante do impacto causado pelas ameaças WannaCry e Petya, ransomwares que abalaram sistemas ao redor do mundo em meados de 2017, e também as brechas de segurança nos processadores Intel, AMD e ARM, conhecidas como Meltdown e Spectre, alertando que 2018 estava apenas começando para o mundo das ciberameaças.
O objetivo do Centro Global para Segurança Cibernética é fomentar uma plataforma de colaboração pública-privada para empresas, governos, agências reguladoras e especialistas no combate aos crimes cometidos no ciberespaço. Alois Zwinggi, diretor geral do Fórum Econômico Mundial, destacou que “cibersegurança é hoje um dos assuntos mais importantes em todo o mundo”.
Segundo ele, o custo dos crimes online atinge 500 milhões de dólares anualmente, além de “afetar todos os aspectos da sociedade, incluindo o crescimento econômico”. Para o diretor, a cooperação é uma poderosa arma de defesa. “Essa iniciativa é um passo importante, principalmente diante do avanço de ameaças mais complexas que recorrem ao uso ilícito de moedas virtuais, bloqueiam computadores exigindo resgastes e roubam informações valiosas das empresas”, completa o diretor da Europol, Rob Wainwright.
Com sede em Genebra, o Centro Global de Cybersecurity se compromete com a criação de um ciberespaço mais robusto e resistente, uma espécie de “depósito” de informações e terá seu funcionamento a partir de março. O Centro será constituído por empresas globais que se encontram mais afetadas pelas ameaças e governos do G20, assim como organizações internacionais.
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