Com o avanço da transformação digital e a emergência de incluir novas tecnologias nas mais diversas áreas, as redes corporativas se tornaram mais dinâmicas e complexas do que nunca. Uma complexidade que gera insegurança e pontos cegos. O cenário se torna ainda mais desafiador em meio a uma pandemia. Na verdade, ninguém estava preparado para um plano de contingência visando 100% dos colaboradores trabalhando em home office.
De fato, o perímetro não existe mais e os profissionais de SI são colocados à prova. “Por outro lado, estamos vivendo um momento único na história da Segurança da Informação, com muitas trocas de experiências, todo mundo se ajudando. A Segurança nunca mais será a mesma e sairemos dessa pandemia ainda mais fortalecidos”, destaca Arthur Capella, country manager da Tenable.
O executivo acredita que o novo normal das empresas será um modelo híbrido daqui pra frente, com colaboradores trabalhando de casa e também dentro do ambiente corporativo, o que exigirá uma mudança de postura por parte da Segurança. Ou seja, é desafiador, mas também um período de oportunidade para tirar projetos da gaveta, avançar cinco anos em poucos meses e se aprofundar na maturidade da empresa como um todo, principalmente quando falamos em gestão de riscos e vulnerabilidades.
“Essas mudanças levarão a uma explosão de novas tecnologias que aprimoram os processos de negócio e, ao mesmo tempo, expandem a atual superfície de ataque. Hoje, TI, IoT, Nuvem e Operational Technology (OT) estão interconectadas. Os maiores desafios aqui são velocidade, visibilidade sobre todos esses ambientes, além de monitoramento e gestão dos riscos”, acrescenta Capella.
Estratégia em meio ao caos
Agora, mais do que nunca, a demanda é proteger esses ambientes, até porque empresas e CISOs passaram a correr mais riscos na corrida para o home office, mas entre fechar as portas da organização e enfrentar os riscos, todos foram forçados a optar pelo risco. Uma forma de equilibrar essa equação é a visão integrada com automatização de processos.
Desde o ano passado, quando Arthur Capella assumiu a linha de frente da Tenable no Brasil, a estratégia da empresa é auxiliar os clientes nessa jornada da integração com uma plataforma de software capaz de gerenciar vulnerabilidades críticas, aplicações web, riscos e priorizar ações preditivas na Segurança.
“Com o avanço na integração de TI e OT, estamos atuando de forma mais consultiva, entendendo as demandas dos clientes e ajudando a responder perguntas importantes como o nível de vulnerabilidade da empresa, reduzindo exposição ao longo do tempo e gerenciando risco de forma mais inteligente”, explica Capella.
Segundo ele, risco é um tema que todo profissional aprende desde o início da carreira, mas o diferencial na atualidade é falar a língua do negócio e traduzir o risco em uma linguagem que todo mundo entenda. “Atuamos com tecnologias que dão oportunidade de termos discussões de alto nível com os clientes, aprofundando uma conversa mais focada no business e com uma visão holística”, diz.
A Tenable complementa essa estratégia com uma rede de parceiros em todo Brasil. Mesmo durante a pandemia, as capacitações seguem acontecendo e o feedback tem sido bastante positivo. “Tenho uma estrutura que nunca tive antes, com liberdade de montar um time de especialistas e forte apoio dos parceiros. Estamos todos orgulhosos com essa trajetória no Brasil”, acrescenta.
Análise e gestão
A empolgação de Arthur Capella é nítida, principalmente quando o período de pandemia forçou as empresas a se reinventarem rapidamente a fim de ganhar um alto nível de maturidade, tanto em business quanto em tecnologia. A análise e o entendimento do negócio, além da modernização dos ambientes legados nunca fizeram tanto sentido.
Cenário que tem exigido também um olhar aprofundado na disciplina de gestão de vulnerabilidades e risco contemplando toda a infraestrutura da organização. “A partir de agora, Segurança terá que entender o negócio e as empresas terão que aprender mais com a Segurança. É uma troca. Estou animado com esse momento de maturidade que a gente já discutiu muito no passado, mas que só agora todos estão colocando em prática”, conclui.