Especial CyberTech: “Um clique pode colocar uma nação de joelhos”, afirma primeiro-ministro de Israel

Em passagem pela CyberTech, primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reforçou o quanto a segurança cibernética é importante para o país, assim como reafirmou o compromisso em se tornar a principal potência em cibersegurança do mundo

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Poucos países têm uma autoridade máxima comparecendo a um evento de Segurança da Informação. Não é o caso de Israel. Durante a CyberTech, feira que aconteceu nesta semana em Tel Aviv, Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro do país, subiu ao palco para reforçar o quanto o tema é importante, reafirmando o compromisso em se tornar a principal ciberpotência do planeta. “O mundo está mudando. Com um clique, você pode colocar uma nação de joelhos. Tudo está ligado e pode ser hackeado”, disse.

 

Na opinião de Netanyahu, ações como essas estão cada vez mais próximas de se tornarem frequentes. Por ser um país tão visado, o governo investe pesado a fim de evitar esses tipos de iniciativas. Esse trabalho começou há cinco anos. Entre algumas das iniciativas em que apostou foi abrigar grandes companhias tecnológicas na região de Beersheba, o “Vale do Silício israelense”, oferecendo benefícios como redução de taxas e encargos. Além disso, diversos programas conscientizam as pessoas sobre a importância do tema desde a escola.

 

Já o potencial humano é explorado por meio do serviço militar, obrigatório para homens e mulheres entre 18 e 21 anos. “Por sermos um país pequeno e com recursos escassos, temos que desenvolver mentes brilhantes, e o fazemos por meio do desenvolvimento do espírito de liderança e incentivando a pensarem ‘fora da caixa’”, disse.

 

O primeiro-ministro afirmou que foram tais incentivos que levou Israel a ter tantas startups e não descarta a possibilidade de trabalhar em conjunto com outros países para vencer o cibercrime. “Devemos trabalhar em conjunto para tornar o mundo mais seguro”.

 

Netanyahu também demonstrou preocupação em relação a Internet das Coisas. “IoT está sendo usada contra nós e, se nós não trabalharmos juntos, corremos o risco de ter esses benefícios abolidos da nossa sociedade”, disse. “É preciso conter o avanço do cibercrime. As mesmas ferramentas que eles usam contra nós, também podem ser utilizadas contra eles”, finalizou.

 

* Alexandre Finelli viajou à Tel Aviv a convite do Consulado de Israel no Brasil

 

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