Serviços de Segurança são responsáveis por 61% dos orçamentos destinados à SI

Levantamento da IDC aponta o avanço desse modelo de contratação no Brasil e mostra que empresas estão dispostas a entregar nas mãos dos parceiros elementos como Network Security (28%), Security Analytics (24%) e Threat Intelligence (23%)

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De acordo com os dados da consultoria IDC, as organizações estão mudando a maneira como consomem soluções de Segurança da Informação. Na América Latina, os investimentos podem chegar na ordem de US$ 3,9 bilhões, alta de 12% ano contra ano. O Brasil acompanha esse ritmo com perfil de consumo predominantemente de serviços de segurança, modelo que representa 61% das intenções de compra, contra 22% de software e 18% de hardware.

 

“Em 2014, serviços de Segurança representavam 58% dos gastos, hoje, passam dos 60% devido ao cenário de escassez de mão de obra qualificada, além disso, muitas empresas preferem não capacitar os profissionais para não perde-los para a concorrência”, pontua Luciano Ramos, gerente de pesquisa e consultoria enterprise da IDC Brasil, durante webinar apresentado pela consultoria.

 

Segundo o executivo, os contratos de serviços de Segurança se enquadram em três elementos que as empresas estão dispostas a entregar nas mãos de terceiros: Network Security (28%), Security Analytics (24%) e Threat Intelligence (23%).

 

Os investimentos em hardware são destinados principalmente para a área de Network Security (85%). Em Software, o consumo é concentrado em proteção de endpoint (44%) e Serviços concentram investimentos em Managed Security Services.

 

Outro ponto relevante destacado pelos levantamentos da IDC é a lacuna entre intenção de investimentos e direcionamento de negócio. Ramos destaca que é importante considerar que as empresas estão abertas para discutir amplamente o tema de Segurança, entretanto, os orçamentos podem ser direcionados para outras demandas, o que causa esse gap entre intenção e o investimento concretizado.

 

Tendências de Soluções

 

Nos últimos três anos, o tema de Segurança da Informação tem ganhado relevância na agenda dos líderes, principalmente devido aos incidentes globais somados à necessidade de adequação das regulações de privacidade. Inteligência Artificial, Machine Learning, Computação Cognitiva, Internet das Coisas e Cloud Security são as principais tendências de soluções a serem adotadas.

 

A IDC enxerga as tecnologias que envolvem aprendizado de máquina e AI como ótimos recursos não só para aplicar no entendimento dos negócios e otimização de processos, mas também para entender o comportamento dos usuários, como cada pessoa consome informações internas, além de detecção de desvio de comportamento, por exemplo.

 

Quando questionados sobre os benefícios esperados ao montar uma estratégia de cloud, os gestores consultados pela IDC apontam que a Segurança está presente em todos os modelos como nuvem pública, privada e multicloud. 27% dos entrevistados na América Latina consideram a nuvem um elemento-chave para melhorar a postura de segurança cibernética e 17% consideram que cloud é o caminho para alcançar uma postura de segurança mais forte.

 

Existe também um movimento grande de intenção de investimentos em soluções de gestão de risco, a fim de minimizar impactos que estão relacionados a processos internos, fraudes internas e externas. “São ferramentas importantes para o contexto de digital trust. A confiança digital é uma das maiores prioridades das agendas dos CEOs, motivado não só pelas regulações, mas também pelo próprio amadurecimento da SI”, completa Luciano Ramos.

 

Para a IDC, os fabricantes de soluções precisam entender como as empresas estão mudando a maneira como consomem soluções e estar preparados para identificar novas parcerias com os integradores de cloud. Para essa equação funcionar bem, tanto os fabricantes de soluções de segurança como os provedores de serviços precisam repensar o discurso de mercado, em linha com a estratégia de confiança de seus clientes.

 

“As aplicações de um modelo de maturidade de segurança cibernética alinhado à Transformação digital permitirão aos clientes entenderem melhor como serem mais eficientes com seus orçamentos em Segurança Cibernética”, completa Luciano Ramos.

 

 

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