Pesquisas dão conta que as mulheres ainda representam, em média, 20% da força de trabalho na área de Cyber Security. Essa realidade no mundo da Segurança da Informação não é muito diferente quando olhamos o setor de tecnologia de um modo geral. Segundo estimativas do IBGE, o Brasil tem uma população feminina percentualmente maior do que a masculina, mas o percentual de mulheres que ocupam as vagas de empregos é de apenas 44%. Especificamente no setor de tecnologia essa desproporção é ainda maior, são 37% de mulheres para 63% de homens. Isso significa que ao identificarmos três vagas na área de tecnologia, duas são ocupadas por homens.
Mas a realidade no mundo da tecnologia não é diferente quando olhamos a participação feminina no mercado de trabalho em geral. A média de mulheres que atuam nas 500 maiores empresas do Brasil ainda é de 35,5%, segundo informações do Instituto Ethos. Quando voltamos para a questão salarial, a disparidade também está presente. Dados levantados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelam que mulheres são responsáveis financeiramente por 45% dos lares brasileiros, porém os salários ainda são 27% menores que o dos homens segundo outro recorte da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados.
Analisando o cenário de liderança e ocupação de cargos de chefia, o cenário também não muda muito. Embora, várias análises indiquem que as mulheres trazem um diferencial importante quando assumem cargos de comando, elas ainda estão longe de equilibrar com os homens o percentual de posições de liderança no universo das corporações. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) apenas 39,4% das mulheres estão em cargos de chefia atualmente, reforçando a realidade de que ainda há um longo caminho para ser explorado.
Entretanto, muito além dos números, sabemos da relevância das mulheres no setor produtivo e em cargos gerenciais e executivos. Sabemos também que as empresas de um modo geral estão cada vez mais conscientes desse papel e muitas delas vêm procurando equilibrar a proporção de mulheres em diversas áreas da organização, por meio de programas de incentivo a contratações de um maior contingente feminino, além de programas específicos de formação e ascensão de líderes mulheres em cargos relevantes.
Durante o Congresso Security Leaders, vamos abrir o evento trazendo três mulheres, três executivas e três visões complementares no mundo da transformação digital: business, privacidade e segurança. Terei o prazer de mediar o talk show com a presença de Marcia Tosta, gerente Executiva de Segurança da Informação da Petrobrás; Flávia Mitri, diretora de Privacidade da Uber; e Raquel Cabral, head de Vendas do Google Workspace. Cada vez mais, essas três áreas precisam atuar em conjunto para garantir que os negócios digitais evoluam de forma segura e com respeito às regras de privacidade e proteção.
As inscrições para assistir ao painel são gratuitas e estão abertas.