F5 reforça conceito de “capital da aplicação”

Empresa reúne clientes e parceiros no México, no F5 Revolution Latam, para enfatizar que aplicação é o bem mais valioso da revolução digital e que é preciso garantir a performance e segurança desses ambientes em um mundo multicloud

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Um dos maiores desafios para as empresas que decidem trilhar o caminho das nuvens é garantir a segurança das aplicações nos ambientes multicloud. São essas companhias que estão na mira da F5 Networks para tratar de um novo conceito, o “capital da aplicaçāo”. A pretensão da companhia, que nasceu no mundo on premise e está migrando para o universo das aplicações em nuvens, é garantir a máxima proteção nesses ambientes, desde o desenvolvimento até o acesso, passando pela performance, segurança e disponibilidade.

 

Essa foi a principal mensagem enfatizada pelo VP Latam da F5 Networks, Roberto Ricossa, ao abrir a primeira edição do F5 Revolution Latam, que acontece essa semana, em Playa del Carmen, México. O evento reúne clientes e parceiros da região e apresenta as estratégias globais da companhia, que vem buscando também a sua própria transformação para se posicionar como uma empresa totalmente voltada para a oferta de soluções e serviços que suportem as mais variadas aplicações, tanto no mundo on premise quanto em cloud.

 

Roberto Ricossa pautou seu discurso na palavra revolução, apresentada diversas vezes como sendo o cerne de tudo o que estamos vivendo no mundo das aplicações. “Hoje, aplicação se converte em negócios. Se ela é lenta e não funciona, ou se não é segura, o negócio deixa de existir”, disse ele. Assegurar que as aplicações tenham alta disponibilidade e integridade com a máxima segurança é um grande desafio tanto das áreas de TI e SI como das áreas de negócios. Para “blindar” as aplicações, Ricossa defende uma visão mais ampla e estratégica que unifique a tecnologia e o business.

 

Uma nova empresa

 

Fundada na cidade de Seattle, situada no noroeste dos Estados Unidos e um importante polo tecnológico, a F5 Networks marcou sua trajetória oferecendo uma combinação parruda de hardware e software para gerenciamento e segurança das aplicações no ambiente tradicional de tecnologia. Com o aumento contínuo de vulnerabilidades no mundo web e a migração das aplicações para a nuvem, a F5 vem se reposicionando para a oferta de um modelo de controle integrado em ambiente multicloud e uma oferta da sua solução como serviço.

 

“Estamos crescendo continuamente, a nível mundial, há mais de dez anos”, enfatizou Ricossa. No segundo trimestre fiscal, encerrado em 31 de março desse ano, a companhia anunciou receita de US$ 544,9. Na ocasião, François Locoh-Donou, presidente e CEO da F5, pontuou que o resultado foi impulsionado pelo crescimento de 30% da receita gerada pelas soluções de software. A intenção da empresa é aumentar cada vez mais sua receita nesse segmento.

 

Além da performance global, Ricossa pontuou que a região América Latina, pelo segundo ano consecutivo, apresenta o maior crescimento dentro da corporação. Ele enfatizou a criação de um centro de suporte e desenvolvimento em Guadalajara, no México, de ontem partem diversos produtos e serviços para a região. O VP Latam ainda destacou como estratégias diferenciais a recente aquisição da empresa NGINX e o anúncio da oferta de Cloud Services.

 

Desenvolvimento seguro

 

A recente aquisição da empresa NGINX também foi apontada por Hitesh Patel, Diretor Global de Produtos da F5, como um diferencial importante na estratégia da empresa. Com a incorporação dos recursos da NGINX, a F5 passa a garantir que a segurança migre para o mundo do DevOps, permitindo que os riscos sejam previstos, avaliados e mitigados ainda na fase de desenvolvimento. Segundo o executivo, esse tem sido um dos grandes desafios da segurança, fazer com que as aplicações já nasçam com um nível de proteção que permita uma evolução mais segura dos negócios.

 

Embora a questão do DevSecOps seja um tabu entre os desenvolvedores e os especialistas de segurança, Hitesh Patel garante que a solução NGINX traz vantagens que facilitam a incorporação de recursos que levam a uma maior conformidade com regras de segurança sem impactar o processo de desenvolvimento e a entrega das aplicações nos prazos necessários e quase sempre muitos curtos.

 

Esse é justamente um dos principais objetivos da ferramenta, minimizar os conflitos e permitir que a segurança seja “by design”. Faz todo o sentido para a estratégia da F5 essa aquisição, já que muitas vezes a garantia de segurança das aplicações fica seriamente comprometida em função do modelo já ter sido concebido sem esse nível de conformidade pelas áreas de negócios, resultado do fenômeno cada vez mais disseminado de Shadow IT.

 


Do on premise para as nuvens

 

O diretor global de produtos da F5, Hitesh Patel, também apoiou seu discurso no que ele chama de “Application Revolution” mas ele foi mais além, enfatizando que essa revolução está migrando para o ambiente multicloud. Para ele, a primeira revolução foi a do capital, na era industrial, que projetou empresas como a Ford. A segunda, foi pautada pelo capital humano, com exemplos como IBM e DHL. “Agora estamos vivendo a era do “capital da aplicação” onde se destacam empresas como Facebook e Netflix.

 

Segundo ele, o “capital da informação” é o que fará diferença no mundo dos negócios futuros. Em 2020, teremos um cenário com algo em torno de 1.7 bilhões de aplicações. E o que faz a economia das aplicações? “Exige que as organizações tenham capacidade de garantir gerenciamento, segurança e otimização no mesmo portfólio, e é isso o que estamos fazendo”, reforçou Patel. E resume: “recursos escassos precisam ser usados da forma mais eficiente possível”.

 

Outra previsão garante o segundo direcionamento da empresa: 87% dos clientes irão se adaptar ao ambiente multicloud em um futuro próximo. E cada aplicação precisará ser protegida, não somente as de missão critica. Ele usou como exemplo uma grande empresa de varejo na qual, ao avaliar o cenário das aplicações, identificou-se que somente 33% das aplicações eram de missão critica. O restante, 67%, foram  aplicações de negócios. A oferta de Cloud Services, anunciada recentemente pela empresa, corrobora essa estratégia e Patel manda o recado, afirmando que a F5 pretende ser a “líder em multicloud services aplications”.

 

Graça Sermoud viajou para o México a convite da F5 Networks.

 

 

 

 

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