Lá em 1963, a série The Jetsons previa – sem nem saber – parte do que está acontecendo hoje. Residentes de Orbit City, cidade fictícia no estilo Google, com casas e empresas suspensas, viviam na mais avançada tecnologia: carros voadores, trabalho automatizado e robôs cuidando de tarefas que usualmente eram feitas a partir de milhares de botões. O que antes era possível apenas na ficção torna-se real e começa a mudar a gestão de companhias de todos os segmentos e portes, assim como as soluções em vídeo com o uso de hologramas, prototipadas na série G.I. Joe, que hoje estão sendo testadas ao redor do mundo.
Mas, da mesma forma que essas tecnologias trazem inovação e valor ao negócio, carregam riscos, como os apresentados no filme Controle Absoluto, de 2008, em que hackers tomam o controle de uma cidade, comandando suas comunicações, elevadores e câmeras de segurança.
Menos de dois meses depois no ataque do vírus WannaCry – tipo de ransomware que derrubou os sistemas de órgãos públicos e de companhias em todo o mundo, como multinacionais, hospitais e órgão públicos de cerca de 74 países, como França, Espanha e Brasil – , outro ataque afetou, em 27 de junho, sistemas de companhias na Europa. A Ucrânia foi a mais afetada, com impacto em agências oficiais, no sistema bancário e no metrô. Os painéis do aeroporto de Kiev, por exemplo, deixaram de funcionar.
Rastrear os criminosos é uma tarefa complicada. A polícia tem dificuldade em investigar os ataques, pois os hackers, apesar de usarem os mesmos vetores de entrada (como e-mails, páginas de web e vulnerabilidades do sistema operacional) alternam o modo de operação. No caso dos ransomware, criptografam os arquivos e pedem um resgate financeiro, não dando alternativa às companhias: ou o pagamento é feito ou os arquivos deletados. Na maioria das vezes, as informações não são levadas a lugar algum, apenas ficam indisponíveis. Mas existem, também, os ataques silenciosos em que a maioria das empresas não sabe que está sendo – ou já foi – atacada. Os hackers entram e saem dos sistemas sem barulho algum.
A palavra, então, é prevenção. Sempre. Não é possível mais olhar a segurança da informação apenas quando um ataque acontece, pois se a proteção não fizer parte da estratégia da companhia, a chance de perder de vez informações importantes é enorme. Assim como soluções de backup, que visam manter uma cópia íntegra dos arquivos, programas eficazes de segurança garantem que a empresa volte a ter controle sobre seu ambiente – ou nem chegue a perder -, em momentos de crise.
A seguir, quatro pilares essenciais para montar uma estratégia de segurança da informação eficaz:
Lembre-se: soluções de segurança devem ser pensadas como prevenção e não como remediação. O próximo ataque pode acontecer em minutos, e não será um filme de ficção.
*João Paulo Wolf é Diretor de Soluções e Serviços da 2S
Texto: