Falar de cultura de Segurança dentro das empresas nunca foi tão importante como na atualidade. A alta dos ataques cibernético somada ao avanço da tecnologia e à nova geração de profissionais exige um novo olhar para tema. O CISO tem esse papel e precisa buscar hoje uma forma de se adaptar às mudanças da atualidade.
Até porque, cultura de Segurança é um atributo intrínseco, que deve fazer parte das políticas, sistemas e, principalmente, da atitude de pessoas e dos hábitos adotados por sociedade, organizações e negócios. Sobre o tema, Ricardo Leocádio, Professor e CISO do Banco Mercantil, palestrou no Congresso Security Leaders em Belo Horizonte com uma reflexão sobre os modelos de conscientização e a importância de lidar com a diversidade dentro das organizações, tornando campanhas e ações mais personalizadas e individuais.
O executivo tem uma vasta experiência no mercado de Segurança e destacou que há 20 anos também é professor. Em todos esses anos, ele precisou transformar a forma de ensinar porque o público é diferente, tudo está mudado. “Isso traz como reflexão a necessidade de sempre me adaptar, falar a língua de quem está me ouvindo. Com isso, reduzo as chances de fracassar na mensagem passada”, diz o professor em palestra de encerramento do Congresso.
Ele citou uma frase de um santo católico São Beda que diz: “Há três caminhos para o fracasso: não ensinar o que se sabe, não praticar o que se ensina e não perguntar o que se ignora”. Ao adaptar esse ensinamento para o mundo da Segurança, Leocádio retira a palavra “não” das frases e reflete a importância de praticar esses pensamentos para obter uma equipe engajada, pautada na resiliência cibernética.
“O caminho do sucesso exige que pratiquemos todos os dias a generosidade mental, ensinando o que se sabe; coerência ética, praticando o que se ensina; e humildade intelectual ao perguntar o que é ignorado. Toda empresa que preza uma jornada transparente em Segurança, precisa estimular e praticar hábitos seguros”, explica o CISO.
Diante da velocidade corporativa, é preciso reconstruir novas formas de pensar e trabalhar a Segurança dentro das organizações. Para isso, o professor lista alguns passos:
1.Ter clareza de papéis e responsabilidade de cada nível hierárquico sobre aspectos de Segurança;
2.Conhecer os perigos e riscos a que os colaboradores estão expostos e revisitá-los com frequência;
3.Trabalhar a percepção de riscos de líderes e liderados;
4.Corrigir comportamentos impulsivos e automáticos, além de ensinar novos comportamentos mais seguros;
5.Persistir no aprendizado de novos hábitos, que exigem mais do que o neocórtex, portanto, é amis difícil para todos;
6.Reconhecer quando as pessoas estão agindo de maneira mais segura;
7.Planejar adequadamente os processos de aprendizado para os profissionais, oferecendo frequência de estímulo para repetição deste novo comportamento esperado.
O conteúdo completo apresentado nesta terça-feira (09) durante edição regional do Congresso Security Leaders está disponível no canal da TVD no YouTube. Veja outros insights compartilhados pelo executivo sobre o tema.
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