Criminosos se passam por agentes da OMS para disseminar golpes

Monitoramento do SophosLabs destaca uso de "COVID-19" e "coronavírus" em nomes de domínios que têm espalhado spam, phishing ataques e malware em todo mundo

Por: Redação, ⌚ 27/03/2020 às 15h30 - Atualizado em 27/03/2020 às 15h30

O SophosLabs vem acompanhando diariamente como o uso de “COVID-19” e “coronavírus” em nomes de domínio tem espalhando spam, phishing ataques e malware em todo mundo. De acordo com o monitoramento, os criminosos estão se passando por agentes da OMS (Organização Mundial da Saúde), CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) e das Nações Unidas para disseminar golpes.

 

O principal pesquisador e cientista da Sophos, Chester Wisniewski, explica que os volumes globais de spam estão estimados em centenas de bilhões, sendo 2 a 3% deles sobre o tema COVID-19, representando um número bastante significativo. Semelhante ao teste A/B de anúncios publicitários de páginas da web, os criminosos costumam mergulhar devagar e cautelosamente quando o assunto se trata de um tópico sensacional. Se o novo tópico testar um chamariz mais eficaz do que o utilizado anteriormente, eles começarão a mudar para novas iscas.

 

“Os cibercriminosos não estão perdendo tempo em mudar seus ataques e fraudes, deixando-os ainda mais realistas, tendo como vantagem o medo crescente da população com o novo coronavírus. É fácil observar, por exemplo, que os criminosos por trás do novo golpe são os mesmos responsáveis pelo golpe recente do Viagra de Ervas”, de acordo com o Principal Pesquisador e Cientista da Sophos, Chester Wisniewski.

 

 

“O aumento que estamos vendo são provavelmente causados por dois importantes fatores. Primeiro, quanto mais tempo se passa, mais grupos criminosos estão começando a se aproveitar do COVID-19 para roubar dinheiro das pessoas. Segundo, leva tempo. Qualquer grupo criminoso tem que desenvolver os spams para convencer o receptor a realizar uma ação. Construir essas mensagens leva tempo, principalmente para aqueles cuja primeira língua não é o inglês”, completa.

 

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