A McAfee Inc. divulgou seu Relatório de Ameaças McAfee Labs: Abril de 2017, que detalha os desafios enfrentados pelos esforços de compartilhamento de inteligência de ameaças, examina a arquitetura e mecanismos internos dos botnets Mirai, avalia ataques relatados em todos os setores, e revela as tendências de crescimento em malware, ransomware, malware móvel e outras ameaças no 4º trimestre de 2016.
“O setor de segurança enfrenta desafios fundamentais em nossos esforços de compartilhar inteligência de ameaças entre entidades, dentre soluções de fornecedores, e mesmo dentro de portfólios de fornecedores”, disse Vincent Weafer, Vice-Presidente do McAfee Labs. “Trabalhar em conjunto faz a força. A abordagem desses desafios determinará a efetividade das equipes de segurança cibernética para automatizar a detecção e orquestrar respostas, e finalmente pender a balança em favor dos defensores.”
O relatório revisa o histórico e os motivadores do compartilhamento de ameaças; os diversos componentes, fontes e modelos de compartilhamento da inteligência de ameaças; como operações de segurança consolidadas podem fazer uso dos dados compartilhados; e os principais desafios do compartilhamento que o setor deve superar. Esses desafios incluem:
Para evoluir o compartilhamento de inteligência para o próximo nível, o McAfee Labs sugere o foco em três áreas:
“Atacantes cada vez mais sofisticados estão evitando sistemas de segurança discretos, e sistemas de armazenamento em silos deixam entrar ameaças que foram paradas em outros locais porque não compartilharam informações”, continuou Weafer. “O compartilhamento de inteligência de ameaças nos permite aprender com as experiências de cada um, obtendo percepções com base em vários atributos que compõem um cenário mais amplo e completo do contexto dos eventos cibernéticos.”
Proliferação do Botnet Mirai
O Mirai foi responsável pelo altamente difundido ataque de DDoS ao Dyn, um os principais provedores de serviços de DNS. O Mirai é notável porque ele detecta e infecta dispositivos IoT mal protegidos, transformando-os em bots para atacar seus alvos.
A divulgação do código-fonte do Mirai, em outubro, resultou em uma proliferação de bots derivados, embora a maioria pareça ser acionado por programadores de scripts amadores e relativamente limitados em seu impacto. Entretanto, a divulgação do código-fonte também resultou em ofertas de “DDoS-as-a-Service” com base no Mirai, tornando simples para atacantes pouco sofisticados, mas voluntariosos, executar ataques de DDoS que afetam outros dispositivos IoT com baixa segurança. Os ataques de DDoS com base no botnet Mirai estão disponíveis como um serviço no mercado de criminosos cibernéticos por $50 a $7.500 ao dia.
O McAfee Labs estima que 2,5 milhões de dispositivos de Internet das Coisas (IoT) foram infectados pelo Mirai no 4º trimestre de 2016, com cerca de cinco endereços IP de IoT adicionados para botnets Mirai a cada minuto naquele momento.
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