O Conteúdo Invisível

Segundo Joseh Lopes Ramos, consultor e perito especialista em segurança da informação, é preciso entender os riscos e caminhos percorridos das informações trafegadas na rede, muitas delas sem indexação pode ser objeto da deep web

Compartilhar:

A justificativa para esta discussão é o crescente interesse sobre o assunto principalmente nos meios acadêmicos e profissionais. Deep Web tem como característica principal um conjunto de conteúdo na internet que não podem ser acessados diretamente pelos mecanismos de busca normalmente utilizados pelo usuário no dia a dia, pelo simples fato de não serem indexados.

Já os motivos pelos quais esses conteúdos não são indexados são variados. Por exemplo: este pode ser privado; acessível somente por login e senha; ou seja, existem vários fatores que categorizam um site como impróprio, o que pode ocasionar a penalização do mesmo; tais fatores podem ser um conteúdo ofensivo ou duplicado; utilização de textos e imagens com direitos autorais entre outros; acessos não autorizados e acessos a informações confidenciais.

Quanto à utilização na deep web objetivando privacidade, elas podem ter motivação lícita, como por exemplo, a proteção de bases de dados organizacionais de hackers que utilizam a Surface web, ou ilícitas, como por exemplo, quando pretendem realizar práticas ilegais, condenáveis, como acesso a informações sobre pedofilia ou comércio ilegal.

Foi desenvolvido pelo Laboratório de Pesquisas da Marinha dos Estados Unidos um projeto chamado TOR ( criado para segurança de computadores), onde foi transformado em uma ONG (2006). Vale a pena uma pesquisa sobre o projeto.

O Cibercrime são os delitos praticados por meio da Internet e a violação dos direitos fundamentais.

O crime digital gera em torno de US$ 10 bilhões ao ano além disso um problema ainda mais sério, que é o fato de a rede oculta estar simplificando a entrada nesse campo de atuação onde os processos que envolviam muitas pessoas, agora são muito mais difíceis de rastrear. Evidentemente, todos protegidos pelo anonimato da Bitcoin e do Thor, conforme Michael Montecillo, diretor dos serviços de segurança da IBM.

Uma boa notícia é que Segundo Kohn (2013), um dos buscadores da web profunda é o Torch. Deep web é, basicamente, uma parte obscura da grande rede, muitas vezes não é novidade para os iniciados nos assuntos sobre a rede “Internet”.

Já sobre o conteúdo somente acessado por browsers específicos, e o usuário precisa se preocupar com a segurança, visto que está propenso a todo tipo de ação, desde a infecção de seu equipamento por vírus, até invasões hackers, além da possibilidade de acessar conteúdos indesejados. Obviamente, a escolha com relação a qual conteúdo acessar é do usuário. Não é por acaso que o volume de ataques digitais e roubos de dados aumentaram significativamente nos últimos anos.

 

* Joseh Lopes Ramos
Consultor/Perito Especialista

Conteúdos Relacionados

Security Report | Colunas & Blogs

Altruísmo em Segurança da Informação

A Cibersegurança já não pode mais se dar ao luxo de abdicar de seu caráter interpessoal, pois é através das...
Security Report | Colunas & Blogs

Crimes cibernéticos: a personalização de ataques usando IA e ransomware

A disseminação da Inteligência Artificial Generativa ofereceu uma nova capacidade de direcionamento para os ataques cibernéticos, criando operações criminosas para...
Security Report | Colunas & Blogs

Caminhada (Não tão) solitária rumo à Segurança Digital

Apesar de toda a importância devidamente oferecida aos processos e tecnologias da Segurança Cibernética corporativa, um dos grandes desafios é...
Security Report | Colunas & Blogs

Práticas recomendadas para proteger cargas de trabalho na nuvem

Em um cenário cada vez mais deflagrado de ataques cibernéticos contra serviços de cloud, é necessário pensar em estratégias e...