Privacidade de dados gera benefícios de 2,7 vezes sobre o investimento

Estudo Data Privacy Benchmark 2020 da Cisco confirma vantagens financeiras positivas a partir de práticas corporativas em privacidade de dados

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De acordo com o estudo Data Privacy Benchmark 2020 da Cisco, as empresas que investem em boas práticas de privacidade de dados garantem vantagens financeiras. 2.800 organizações de 13 países, incluindo o Brasil, participaram da pesquisa e 70% das organizações afirmam vantagens comerciais acima dos 40% em 2019. Pesquisa global mostra que privacidade de dados gera benefícios de 2,7 vezes o investimento.

O estudo dá uma visão aprofundada da situação da privacidade um ano e meio após a entrada em vigor do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados  (GPDR, da sigla em inglês) da União Europeia, amplamente considerado como um marco na maneira de as organizações controlarem e gerenciarem o uso de dados pessoais. A demanda dos clientes por maior proteção de dados e privacidade, a contínua ameaça de violação e uso indevido de dados por usuários tanto não autorizados quanto autorizados, e a preparação para o GPDR e legislações semelhantes ao redor do mundo estimularam muitas organizações a fazer investimentos consideráveis em privacidade – que, agora, estão dando ótimo retorno.

 

As principais descobertas do estudo incluem:

– Maioria das organizações está obtendo retornos muito positivos: As organizações, em média, recebem benefícios equivalentes a 2,7 vezes o investimento que fizeram, e mais de 40% relatam benefícios que são pelo menos o dobro do que gastaram com privacidade;

 

– Vantagens operacionais e competitivas:  mais de 70% das organizações, contra 40% no ano passado, agora afirmam obter vantagens comerciais significativas dos esforços em privacidade, como mais agilidade, maior vantagem competitiva e mais atratividade para os investidores, e maior confiança do cliente;

 

– Maior responsabilidade traduz-se em maiores benefícios: Companhias com pontuações mais altas em responsabilidade (de acordo com a avaliação a Accountability Wheel do Centre for Information Policy Leadership , que estrutura o gerenciamento e a avaliação da maturidade organizacional) relatam menos custos com violações, atrasos menores nas vendas e retornos financeiros mais altos;

 

– Oitenta e dois por cento das organizações veem as certificações de privacidade como um fator de compra:  Certificações de privacidade como ISO 27701,   Privacy Shield UE/Suíça-EUA e  o sistema APEC Cross Border Privacy Rules estão se tornando um fator de compra relevante quando se escolhe um fornecedor terceirizado. Índia e Brasil lideram a lista, com 95% dos entrevistados concordando que certificações externas agora são um fator importante.

“Com esse estudo, agora temos evidências empíricas de que os investimentos em privacidade dão retorno para as companhias – particularmente melhor relacionamento com clientes, impacto nas receitas e resultados financeiros reais”, afirma Harvey Jang, vice-presidente e diretor executivo de Privacidade da Cisco.

Como os mercados continuam evoluindo, as organizações devem pensar em priorizar seus investimentos em privacidade no sentido de:

– Melhorarem a transparência sobre as atividades de processamento – ser claras e diretas sobre o que estão fazendo com os dados e porquê;

 

– Obterem certificações externas de privacidade – ISSO, Shield, CBPR e BCR têm se tornado fatores importantes no processo de compra por simplificar a devida diligência de fornecedores;

 

– Irem além do mínimo exigido pela lei – a privacidade é um imperativo do negócio, e a maioria das organizações está obtendo retornos muito positivos dessa despesa; Desenvolverem governança e responsabilidade corporativas fortes para serem capazes de demonstrar aos públicos interno e externo a maturidade de seus programas de privacidade.

 

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