Crianças conectadas: como garantir a segurança digital?

O número de usuários menores de 18 anos traz um alerta para pais e responsáveis em relação ao tempo de uso de celulares e tablets, aos conteúdos que são acessados e à segurança desses dispositivos

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A rotina de crianças e adolescentes brasileiros está cada dia mais tecnológica e conectada por meio de dispositivos móveis. O relatório “Situação Mundial da Infância 2017”, divulgado pela UNICEF em março de 2018, identificou que um em cada três usuários de internet no mundo tem menos de 18 anos de idade. Em alguns países, jovens de até 15 anos são mais propensos a navegar pela Internet do que os adultos com mais de 25 anos.

 

O número de usuários nessa faixa etária traz um alerta para pais e responsáveis em relação ao tempo de uso de celulares e tablets, aos conteúdos que são acessados e à segurança desses dispositivos. Além de links maliciosos, alguns produtos IoT (sigla em inglês para “Internet das Coisas”) disponíveis no mercado podem oferecer certo risco à segurança de redes e à proteção de dados, como babás eletrônicas e sensores de localização.

 

“A popularização da tecnologia chama a atenção de hackers que estão em busca de vulnerabilidades para agir de maneira criminosa. Por isso, a preocupação dos pais e responsáveis deve ser redobrada, já que os ataques cibernéticos estão cada vez mais comuns e qualquer falha de segurança pode causar danos financeiros”, afirma Bruno Prado, CEO e Presidente da UPX Technologies.

 

A UPX Technologies indica quatro pontos de atenção na utilização de dispositivos conectados à internet por crianças e jovens.

 

1. Cuidado com ataques de phishing

 

Sabe aquele e-mail suspeito que oferece o celular mais moderno por apenas um clique no link? Sim, esse tipo de ação é muito comum e chama-se “ataque de phishing”. O objetivo é chamar atenção das pessoas para ter acesso a informações pessoais, como nome, CPF e endereço, entre outras. Por isso, fique em alerta se o conteúdo da mensagem for duvidoso.

 

2. Anúncios de produtos em sites suspeitos

 

As crianças são vulneráveis à publicidade, por isso a legislação brasileira não permite conteúdos voltados a esse público. Com o maior acesso de jovens à internet, alguns anúncios falsos podem influenciá-los a inserir dados bancários de pais e responsáveis para comprar certos produtos. Além de manter essas informações fora do alcance das crianças, é importante atualizar as ferramentas de segurança para evitar o acesso a sites maliciosos.

 

3. Dispositivos IoT sequestrados para ataques DDoS

 

Algumas estimativas apontam que 20 bilhões de dispositivos estarão conectados à internet até 2020, sendo que muitos desses aparelhos são voltados ao público infantil, como babás eletrônicas e sensores de GPS. Um levantamento da Kaspersky Lab já identificou mais 30 mil dispositivos IoT infectados na América Latina neste ano. Os criminosos se aproveitam da vulnerabilidade desses dispositivos para utilizá-los em ataques de negação de serviço (ou DDoS), que sobrecarregam um provedor para torná-lo indisponível. Por isso, é importante incluir esses produtos nas ferramentas de segurança para se prevenir contra esse tipo de ação criminosa.

 

4. Atenção com o celular corporativo

 

Caso as crianças utilizem o celular dos pais e responsáveis, a atenção deve ser ainda maior, principalmente se o aparelho também for usado no ambiente corporativo. Isso porque qualquer vírus pode ser levado para a rede da corporação e causar danos críticos, como vazamento de dados sigilosos e prejuízos financeiros à empresa.

 

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