A “vulnerabilidade” das Coisas

Durante o Graça Sermoud Entrevista, Ticiano Benetti, gerente de Segurança da Informação da Natura, afirma que o cenário recente de ciberataques desperta preocupação, uma vez que número de dispositivos ligados à Internet está crescendo rapidamente sem a devida atenção à Segurança desde sua concepção

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A discussão sobre a proteção de dispositivos conectados – que formam a Internet das Coisas –, e do ambiente em nuvem – onde esses aparelhos se comunicam –, está em pauta no Graça Sermoud Entrevista. O programa recebeu Ticiano Benetti, gerente de Segurança da Natura, para um bate-papo sobre o assunto. Confira a entrevista na íntegra!

 

 

Divisor de águas moderno

 

Segundo Ticiano, os recentes ataques de ransomware WannaCry e Petya ficam marcados como um divisor de águas no setor de SI. Ele afirma que esses ciberataques mostraram como as empresas ainda possuem dificuldade para manterem seus softwares atualizados em parques tecnológicos complexos.

 

“O básico ainda resolve 90% dos problemas de Segurança que temos em ambientes de TI”, reforça Benetti. Os processos de atualização e checagem de segurança ainda são primordiais para combater a maioria dos ciberataques modernos.

 

Cloud computing e as ameaças atuais

 

Quando a computação em nuvem surgiu, muitos especialistas consideraram que seria uma alternativa para que as empresas mantivessem backups atualizados, inclusive. Atualmente ela já é considerada um ponto vulnerável na infraestrutura. De acordo com Ticiano, a cloud computing permite a abstração de cuidados básicos pela equipe de TI, deixando essa responsabilidade na mão de parceiros.

 

“Hoje em dia, a grande maioria dos ataques visa as aplicações ao invés da infraestrutura em si. O que muda nisso é que a Segurança não protege mais ativos, eles são abstraídos”, afirma Ticiano.

 

Riscos reais da Internet das Coisas

 

Com um crescente avanço na digitalização e inclusão de novos dispositivos conectados, especialmente em setores como Saúde e Indústria, a superfície de ataques tem aumentado a cada dia. Cibercriminosos buscam desenvolver malwares que infectam os sistemas mais simples e a falta de proteção, ou defesa inadequada, desses dispositivos.

 

Além disso, no ambiente doméstico também há um crescimento de aparelhos inteligentes, sensores, eletrodomésticos e brinquedos com interatividades e recursos conectados à web.

 

“Preocupa o Ticiano, profissional de SI, e o Ticiano, pai de família”, revela o executivo. Segundo ele, a interconexão dos dispositivos vem muito antes da preocupação com a segurança na maioria dos casos.

 

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