Segurança cognitiva é o futuro?

Segundo Marcos Sêmola, IT Manager LATAM da Shell, Inteligência Artificial aliada à Segurança da Informação ajuda equipes a se dedicarem exclusivamente aos eventos mais críticos, propiciando mais eficiência na gestão de riscos do negócio

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Em busca de mais eficiência e competitividade, a transformação digital é um caminho sem volta para as instituições. Segundo pesquisa recente da IDC, pouco mais de 10% das empresas brasileiras já investem 5% do faturamento em novas tecnologias, servindo com um propulsor de novos negócios. Como a informação tende a assumir um papel cada vez mais essencial para as organizações, o conceito de Segurança Cognitiva ganha força entre CSOs como uma forma de aliar o poder da Inteligência Artificial embarcada em software/hardware à Segurança da Informação.

 

Na visão de Marcos Sêmola, IT Manager LATAM da Shell, o conceito de cognição está muito associado à atividade cerebral. “É uma comparação natural e imediata uma vez que ela está ancorada no processo de aquisição de conhecimento através de algoritmos de aprendizado de máquinas que procuram reproduzir o comportamento do cérebro humano”, explica.

 

Marcos Sêmola, IT Manager LATAM da Shell

 

O executivo, que debaterá o tema durante painel de debates na 4ª edição do Security Leaders Rio de Janeiro, no dia 27 de abril, afirma que a aplicabilidade da Segurança Cognitiva mais imediata é apoiar as limitadas equipes de prevenção, detecção, proteção e resposta a ciberincidentes. “O objetivo é que essas soluções ajudem os recursos humanos escassos a se dedicar exclusivamente aos eventos mais críticos, propiciando maior eficiência na gestão dos riscos do negócio”.

 

Viabilidade

 

Já existem soluções cognitivas desenhadas para a Segurança da Informação no mercado sendo aplicadas com sucesso, mas sendo um mecanismo baseado na cognição, significa dizer que envolve fatores como o desenvolvimento do pensamento, da linguagem natural, percepção, memória, do raciocínio, juízo e até da imaginação como parte do processo de desenvolvimento intelectual.

 

“Conforme ela recebe e absorve ensinamentos que a torne mais madura, culta e experiente, a ferramenta ganha autonomia para realizar julgamentos e decisões autônomas”, explica Sêmola.

 

O executivo explica que a viabilidade é alta uma vez que muitas soluções cognitivas já operam em nuvem sobre a plataforma SaaS (Software as a Service), portanto escalável. Já o tamanho do investimento estará diretamente relacionado com a especificidade do ambiente que será monitorado, bem como as interfaces de aprendizagem estabelecidas para a evolução da solução ao longo do tempo.

 

Para Sêmola, qualquer negócio que conte com uma equipe própria de Segurança da Informação deve começar a considerar as soluções cognitivas. “Já está na hora de colocar as máquinas e sistemas para trabalharem para eles com maior autonomia, assertividade e produtividade, preferencialmente na fase de prevenção e antecipação de cenários, fazendo a equipe focar apenas em eventos complexos”.

 

Security Leaders Rio de Janeiro

 

O Security Leaders Rio de Janeiro irá acontecer no dia 27 de abril no Hotel Windsor Atlantica. Na ocasião, os principais líderes regionais de Tecnologia e Segurança Cibernética estarão presentes para debater temas que desafiam o setor atualmente, como Inteligência Artificial, Segurança Cognitiva, Internet das Coisas, Blockchain, entre outros. A repercussão sobre a criação de uma Política Nacional de Segurança da Informação também terá destaque com a participação de autoridades. Além dos painéis, o evento também terá feira tecnológica, cases de sucesso e apresentação de cases de sucesso. As inscrições são gratuitas para usuários de tecnologia e podem ser feitas aqui.

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