“O backup tradicional em fita morreu”

Wellington Menegasso, diretor de Vendas da Dell EMC, explica como as tecnologias de proteção de dados estão evoluindo dentro das organizações, que terão novas diretrizes para armazenar e gerenciar o dado diante de uma infraestrutura hiperconvergente, na nuvem e sob a Lei Geral de Proteção de Dados no Brasil

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A proteção de dados é uma disciplina ampla e vem evoluindo a cada ano com diferentes técnicas sendo aplicadas não só no armazenamento e backup, mas também nos novos recursos de criptografia e cloud. Para se ter uma ideia, o mercado global de proteção de dados gira em torno de US$ 12 bilhões, segundo o Gartner, e pode chegar aos US$ 46 bilhões até 2024.

 

Na América Latina, a IDC projetou um avanço de 9% no último ano, sendo que as soluções integradas de appliance, compostas com software e hardware, podem crescer em torno de 30%. Em uma entrevista do Gartner com 4 mil decisores de todo mundo, inclusive no Brasil, 50% dos respondentes desejam trocar as tecnologias de proteção de dados até 2021.

 

“Podemos destacar três principais motivos para esse movimento: as soluções antigas de proteção de dados não acompanham o ritmo da transformação digital; o custo para manter isso é muito alto; e essas tecnologias tradicionais têm pouca aderência para um ambiente em nuvem”, explica Wellington Menegasso, diretor de Vendas da Dell EMC, durante um encontro com jornalistas que aconteceu hoje, 31, no escritório da empresa, em São Paulo.

 

Segundo ele, as empresas estão sendo impactadas pelas rápidas mudanças nos ambientes e pelo crescimento exponencial dos dados. A projeção é que até 2025 os data centers tenham 163 zettabytes de informações armazenadas, o que exige diferentes diretrizes para a proteção de dados.

 

“Essas técnicas são conhecidas há anos pelos profissionais de TI e Segurança, mas elas têm um amplo campo de evolução. O backup em si não morreu, mas o backup tradicional em fita sim. As empresas que usam esses recursos terão que rever seus processos”, pontua o executivo. Ele acrescenta que além desse cenário, a lei de proteção de dados também vai impactar no manuseio dessas informações dentro das empresas.

 

O Brasil está bem próximo de ter uma lei, pois o Senado Federal aprovou no início do mês o PLC 53/2018, que garantirá mais controle dos cidadãos sobre suas informações pessoais e autorização explícita para coleta e uso dos dados. Esse movimento representa importante marco legislativo e coloca o Brasil em posição de igualdade com muitos países que já possuem uma tratativa bem definida sobre o tema.

 

Posição de competitividade

 

Pautada nessas demandas, a Dell EMC está empenhada em auxiliar os clientes a redesenhar as estratégias de proteção de dados, principalmente na camada de infraestrutura pautada em hiperconvergência e computação na nuvem. A companhia lançou no mês passado um novo appliance Integrated Data Protection Appliance 4400 (IDPA DP4400), tecnologia que acaba de chegar no Brasil e está sendo comercializada tanto pelos canais quanto diretamente pela companhia.

 

Desde que se tornou Dell Technologies, a gigante de tecnologia está estruturada na transformação de quatro pilares: da força de trabalho; das aplicações; da TI e infraestrutura; e da Segurança da Informação. Nesse contexto, o lançamento dessa semana está focado na base de transformação da infraestrutura para um ambiente hiperconvergente, por isso a solução fica sob o portfólio da Dell EMC, e não da RSA, que está focada em soluções mais robustas de segurança cibernética, compliance e governança, por exemplo.

 

Dentro desse novo posicionamento, a estratégia está estruturada em três camadas: armazenamento, software e appliance para proteção de dados. “O IDPA DP4400 é um appliance mais robusto, pois já contempla recursos de armazenamento e software virtualizados e hiperconvergentes”, destaca Menegasso.

 

A solução combina integração com a nuvem e soluções VMware, recursos de criptografia, NVME Flash, gestão de sistemas e alta performance, além de ser direcionada para o setor de empresas de médio a grande porte, que vai de 50 a 2.000 máquinas virtuais. O executivo explica que diversas empresas brasileiras estão interessadas na tecnologia, que está passando por fases de testes e, talvez, seja também fabricada no Brasil.

 

“Hoje, as organizações têm o desafio de fazer mais com menos, de migrar para a nuvem, lidar com crescimento de dados e aplicações. Por isso todo time da Dell Technologies vem pesquisando de forma conjunta diversas soluções que atendam essas demandas. Nossa ideia é alcançar clientes da nossa base e ser competitivos com o mercado em geral a fim de ampliar nosso market share”, completa.

 

A receita com proteção de dados da Dell EMC foi de US$ 3 bilhões em 2017 e Menegasso finaliza dizendo que a companhia pode crescer muito mais para dominar o mercado que deve ultrapassar os US$ 40 bilhões nos próximos anos.

 

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