Bancos mantêm patamar de investimento em SI mesmo com LGPD

De acordo com a Pesquisa de Tecnologia Bancária da FEBRABAN, dos R$ 19,6 bilhões investidos no ano passado, 10% são destinados para a área de SI, com foco em infraestrutura, analytics e serviços

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Em Pesquisa de Tecnologia Bancária apresentada hoje, 07, a FEBRABAN revelou que os principais bancos brasileiros não aumentaram o percentual de investimento em Segurança da Informação em 2018, comparados com 2017 mesmo com a LGPD. Dos R$ 19,6 bilhões investidos no ano passado, 10% são destinados para a área de Segurança da Informação.

 

Mesmo num cenário macroeconômico desafiador, além das demandas regulatórias como Lei de Proteção de Dados e resolução 4.658 do Banco Central, os gastos com tecnologia bancária, incluindo despesas e investimentos, continuaram consistentes, com um crescimento de 3% em relação ao último ano.

 

Os dados são da 27ª edição do estudo, realizado pela Deloitte, que revela as tendências de investimentos e do uso da tecnologia no setor financeiro, além de analisar a relação dos consumidores com os canais de atendimento bancários.

 

Embora o levantamento não mostre números relativos à Segurança da Informação, o diretor setorial de Tecnologia e Automação Bancária da FEBRABAN, Gustavo Fosse, aponta que “os 10% são aplicados em infraestrutura, analytics e serviços”. Ele não informa de que maneira os bancos trabalham o plano de ação para a LGPD e quais mecanismos são adotados para evitar incidentes diante da mobilidade, canal que mais cresceu nos últimos anos.

 

O número de transações bancárias feitas pelo celular em 2018 cresceu 24% sobre o ano anterior e os aplicativos dos bancos tornaram-se a melhor opção para os brasileiros realizarem pagamento de contas, transferência de dinheiro e outras transações financeiras. O aumento na quantidade de transações com movimentações financeiras por celular chegou a quase 80% no ano passado. Nessa jornada para a mobilidade, muitos CISOS revelem que uma das grandes mudanças no ambiente mobile seja o fim do perímetro.

 

O executivo adianta que os bancos já estão se preparando para iniciativas em 5G e estudam ofertas baseadas em IoT, Inteligência Artificial e blockchain. Ele acrescenta que chegada dessas tecnologias e a proximidade da LGPD, além da definição da ANPD, estão no check list dos CISOS e CSOs, uma vez que recentemente foram noticiados vários vazamentos de dados de instituições financeiras, algumas verídicas outras não, como foi o caso do Nubank.

 

Quando perguntados sobre os investimentos prioritários previstos para os próximos anos, os bancos revelam que o setor tende a usar cada vez mais a inteligência de dados em suas operações: 80% dizem planejar investimentos em big data/analytics; e 73% investirão em inteligência artificial e computação cognitiva. O setor bancário é, junto com o governo, o que mais investe em tecnologia no Brasil.

 

E, ainda, com o crescimento dos bancos digitais, a área de TI e Segurança da Informação do mercado financeiro terão que rever como contabilizar os números de contas ativas, uma vez que hoje essa contabilidade é feita a partir do CPF do cliente, mas não há como saber se aquela conta corrente está ou não ativa. Portanto, os bancos continuam investindo na oferta do multicanal de atendimento (seja chat bot, web chat, agência, correspondente bancário, móbile, internet banking) enquanto a facilidade em abrir uma conta digital exige menos burocracia para que clientes até antes desbancarizados passem a ter uma conta e efetuem suas transações financeiras.

 

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